K9, tudo sobre o cachorro policial

K9, tudo sobre o cachorro policial

K9 é o cachorro policial especialmente adestrado para operações policiais.

Entretanto, a parceria entre cão e homem remonta à Grécia Antiga, e sua utilização em guerras e caça, primordialmente.

Mesmo assim, o cachorro de guarda, K9 ou até mesmo o cão de guerra, confirmam o poder dos audazes animais em situações extremas.

Por isso, conheça sua origem, utilização e poder na Segurança Pública e Privada!

O que é um K9?

K9 cachorro policial

K9 é o cachorro policial adestrado especialmente para emprego em operações policiais. 

A origem do nome vem do som pronunciado em inglês, o qual remete a ‘’Canine’’, ou canino, em português.  

Assim, sua utilização é variada e consagrada em diversas polícias ao redor do mundo. 

É comum trabalhar com o cachorro K9 no patrulhamento ostensivo, detecção de entorpecentes, armas, explosivos, busca e captura.

Já para funções de atendimento humanitário, o cão pode atuar na busca e resgate de pessoas desaparecidas, por exemplo.

Nesse sentido, o adestramento do K9 inicia ainda quando ele é filhote. 

Esse pequeno cão policial começa um treinamento básico, com socialização e ambientação, ainda aos 2 meses.

Ao longo desse período inicial, avalia-se o comportamento, drive de caça e defesa, além da qualidade de trabalho e adaptação do K9.

Além disso, também cria-se a afinidade e reconhecimento entre condutor e K9, essencial para o trabalho policial.

Já com 1 ano, os cães policiais passam por um adestramento mais completo, direcionado à função exata que irão desempenhar com a unidade policial especializada. 

É nessa fase avançada que serão utilizadas as técnicas de adestramento para lapidar o reconhecimento olfativo a drogas, armas de fogo, substâncias ilícitas e mais.

Por outro lado, os K9 também são adestrados para utilização tática, classificação de força e agilidade.

Esse treinamento identifica precisamente as características imprescindíveis do cachorro policial para seu emprego de fato no trabalho, como:

  • Forte desejo de trabalhar;
  • Coragem;
  • Inteligência;
  • Treinabilidade;
  • Forte ligação ao manejador;
  • Perseverança;
  • Instinto de proteção;
  • Sentido de olfato.

O método de treinar nasceu nos idos de 1900, especialmente para pastores-alemães. 

Entretanto, logo se difundiu para as mais diversas raças e continua atual.

K9: o surgimento

O conceito de K9 nasceu oficialmente em 1942, quando o Secretário de Guerra norte-americano Robert P. Patterson criou a primeira unidade militar especializada K9.

Apesar disso, a utilização de cães de guerra remonta ao Império Romano (de 27 a.C. a 476 d.C), quando cães eram utilizados em batalhas, para fins de segurança e caça.

Além disso, Bélgica e Alemanha foram precursores do adestramento de cães de guerra nos combates modernos. 

Afinal, ao longo da Segunda Guerra mundial, aquele somou 200 mil pastores-alemães, e este, 120 mil. 

Por isso, vale a pena um resumo histórico do uso dos hoje chamados K9 através da história:

  • 1888: cachorros da raça Bloodhound foram utilizados na procura e detecção do serial killer ‘’Jack Estripador’’, na Inglaterra;
  • 1899: policiais belgas iniciam adestramentos de cães para uso policial;
  • 1910: a Alemanha começa a utilizar formalmente unidades K9 em grande parte de suas cidades;
  • 1942: os EUA criam a primeira unidade K9 oficial do Exército Americano, para uso em guerra;
  • 1950: cria-se o primeiro canil para treinamento de K9 no Brasil, pela PMESP, em São Paulo.

A utilização de cães na Segurança 

A utilização de cães na Segurança 
Filhotes do 10º BPM iniciam nova fase de treinamento │reprodução: PMSC

Se o cachorro policial K9 é útil no exercício do poder de polícia estatal, não o seria menos na iniciativa privada. 

Nesse sentido, cães podem ser utilizados de maneiras muito similares no decorrer do trabalho na Segurança Privada.

Aliás, até mesmo pelo cidadão que busca incrementar a segurança de sua família, o adestramento de um cão de guarda é uma escolha certeira.

Quer entender melhor? 

Veja adiante os contextos de utilização do K9, no escopo das operações policiais em geral, e do cão na Segurança Privada e defesa residencial. 

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Segurança Pública

A Segurança Pública, como vimos, aproveita muito bem o grande poder olfativo do K9 (300 milhões de células olfativas, contra 5 milhões nos humanos). 

Nesse sentido, cabe lembrar dos órgãos descritos no artigo 144 da CF, aos quais cabe o dever de assegurar a Segurança Pública:

  • Polícia federal
  • Polícia rodoviária federal
  • Polícias civis
  • Polícias militares e corpos de bombeiros militares
  • Polícias penais federal, estaduais e distrital

Também vale ressaltar que atualmente as Guardas Municipais, de maneira legal e prática, são órgãos de Segurança Pública.

Esses órgão municipais já contam com unidades K9 em sua corporação.

No mesmo sentido, vai a Polícia Legislativa Federal, que também conta com unidades especializadas K9.

Todos esses órgãos costumam utilizar os K9 para, principalmente:

  • Patrulhamento ostensivo e preventivo;
  • Detecção de entorpecentes, armas, explosivos;
  • Busca e captura;
  • Apreensão e ataque e;
  • Busca e salvamento.

Segurança Privada 

Já a Segurança Privada, no âmbito da iniciativa privada, utiliza os cães geralmente associados à vigilância patrimonial.

Isso porque os perigos envolvidos em eventos e estabelecimentos demandam soluções completas de segurança perimetral.

Por isso, geralmente os cães na Segurança Privada exercem funções de detecção de ilícitos no controle de acesso e auxiliam nas patrulhas perimetrais. 

Por fim, vale lembrar que o vigilante condutor deverá ser devidamente habilitado em curso especializado para efetivamente utilizar o cão, conforme portaria nº 3.233/2012-DG/DPF.

Além disso, o cão deverá ser adestrado por um profissional comprovadamente formado em curso de cinofilia. 

Defesa Residencial 

Cães de guarda são, definitivamente, uma opção certeira para a Defesa Residencial da família.

Entretanto, é mandatório, quando da compra do animal, entender a necessidade do adestramento. 

Afinal, o cão de guarda precisará de treinamentos constantes para se manter sempre apto à defesa residencial.

Dessa maneira, o cão de guarda pode ser utilizado para acusar ameaças pelo latido, repelir e atacar agressores. 

Mas é necessário observar alguns critérios em seu adestramento, como:

  • Força física;
  • Agilidade;
  • Inteligência para identificar as ameaçadas diversas;
  • Altíssimo nível de obediência ao tutor;
  • Compleição física intimidadora;
  • Boa audição; 
  • Socialização com a família desde a infância; 
  • Capacidade de neutralização e imobilização de ameaças. 

Em geral, os cães de guarda podem ocupar três funções principais: ameaça, segurança de área e proteção.

Por isso, seja para reagir a agressões com mordidas potentes, assegurar áreas ou atacar e recuar conforme os comandos do tutor, o cão de guarda é essencial na defesa residencial.

Cachorros policiais: raças mais utilizadas na segurança

Cachorros policiais: raças mais utilizadas na segurança

As raças de cães mais populares na polícia, seja no patrulhamento ostensivo (Polícias Militares), ou nas atividades de investigação da polícia judiciária (Polícias Civis e Federal), levam em consideração critérios de seleção importantes, como já mencionamos.

Por outro lado, na Segurança Privada, a Vigilância Patrimonial utiliza o cão com grande similaridade de funções em relação às autoridades policiais. 

Isso, é claro, com a diferença da autoridade estatal de polícia, exercida no caso policial. 

Por isso, seja para farejar ameaças em grandes eventos, exercer com maior precisão o poder de polícia, ou assegurar a defesa residencial, confira abaixo as raças de cães mais utilizadas na Segurança:

  • Pastor Belga de Malinois;
  • Pastor-alemão;
  • Bloodhound;
  • Labrador;
  • Retriever;
  • Rottweiller.

A importância do adestrador de cães

Para formação de instrutores K9 nas unidades de polícia, seja para uso em empresas de segurança, o adestrador especializado é fundamental.

Isso porque, contando com larga experiência prática e conhecimento teórico, ele é capaz de facilitar e consolidar a relação entre condutor e cão. 

Ademais, seu papel é mandatório pela lei por algumas instituições que pretendem utilizar o cachorro policial em suas rotinas. 

Afinal, cada cão é único, com temperamento, instinto e disposições diferentes.

Por isso, vale a pena consultar o adestrador Odilon Cunha. 

Com mais de uma década de trabalhos realizados, auxílio em operações policiais e largo acervo técnico-teórico, o Odilon é autoridade quando o assunto é adestramento de cães K9.

Então não deixe de conferir seu instagram para mais informações e continue acompanhando o Segurança em Xeque para mais conteúdos relevantes. 

Afinal, a primeira arma é a informação.

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