O Stopping Power é um conceito fantasioso, nascido no início do século XX e reforçado através da indústria cinematográfica norte-americana.
Seu conceito é simples, mas fundamentalmente errôneo, e pode levar, em último caso, à morte do operador.
Por isso, se você não quer cair em perigosos mitos sobre armas de fogo, continue a leitura.
Afinal, se o dia do confronto chegar, estar munido da melhor informação significa estar preparado.
O que é Stopping Power?
O Stopping Power ou Poder de Parada, é um conceito falacioso oriundo do século XIX, segundo o qual é possível incapacitar um ser humano pelo impacto do projétil com o seu corpo (inclusive, em um único disparo).
Essa teoria de incapacitação foi primeiramente relatada durante a Segunda Guerra do Ópio, quando combatentes entorpecidos pelo ópio não eram abatidos de imediato.
Nesse sentido, começou-se a cogitar que a maneira mais efetiva de incapacitação seria uma grande quantidade de energia projetada contra o alvo, através do impacto.
Além disso, autores como o General Julian S. Hatcher tentaram estimar qual seria essa ‘’energia’’ suficiente, tendo chegado na unidade de aproximadamente 127 Joules.
Entretanto, o ponto em comum entre as teorias de Hatcher e outros autores como John Taylor e o Coronel Townsend Whelen, é a supervalorização do impacto como fator de incapacitação fisiológica no combate.
Por outro lado, como veremos, todos não foram capazes de entender um erro comum e fundamental, que mais tarde se provou cientificamente na Balística de Combate.
Por que o Stopping Power é uma falácia?
O Stopping Power é uma teoria absolutamente ultrapassada e superada pela Balística Terminal atualmente.
Nesse sentido, é importante esclarecer alguns conceitos, desmistificar mitos e utilizar a Física, sobretudo a Mecânica.
QAP? Então prossigamos.
Transferência de energia
Teorias como a do já citado Coronel Townsend Whelen, erram na base da sua metodologia ao considerar a transferência da energia cinética do projétil para o corpo humano como um impacto.
Na verdade, o que ocorre nesse momento é uma colisão, fenômeno estudado pelo momento linear, ao passo que a transferência de energia mecânica entre corpos inexiste.
Além disso, essa teoria desconsidera fatores fundamentais da incapacitação, como localização e penetração.
Supervalorização da cavidade temporária
Quando o projétil transfixa o corpo, produz dois tipos de lesão: a cavidade temporária e a permanente.
Nesse sentido, a cavidade temporária é aquela causada pelo ferimento perfuro contuso do projétil, que dura milésimos de segundos, até a reacomodação dos tecidos.
Já a cavidade permanente, pode ser entendida como a lesão efetivamente produzida e duradoura nos tecidos.
Para calibres de baixa velocidade, como pistolas e revólveres, a cavidade temporária é irrelevante (para fins de incapacitação).
Sendo assim, sua supervalorização, no lugar da cavidade permanente, induz muitos guerreiros e guerreiras ao erro.
Curso de Balística de Combate: saia do achismo!
O Stopping Power é somente um dos mitos do armamento e tiro que ainda persistem enganando operadores de Segurança Pública, vigilantes e atiradores civis.
Por isso, para sair do ‘’achismo’’, e firmes no propósito de munir você da melhor arma, a informação, precisamos falar sobre o curso de Balística de Combate da Duplo Bravo.
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Então confira um pouco do que você aprenderá:
- Incapacitação Balística
- Balística Dos Calibres De Baixa Velocidade
- Balística Dos Calibres De Alta Velocidade
- Balística Aplicada A Um Combate Veicular
- Lives De Lançamento Do Curso
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